A alemã Laura Müller, de 33 anos, fez história ao se tornar a primeira mulher a assumir o cargo de engenheira de corrida na Fórmula 1. Ela faz parte da equipe Haas, e a confirmação oficial de sua nomeação foi divulgada nesta terça-feira (21). Laura, que está na Haas desde 2022, atuava até então como engenheira de performance, contribuindo com o desenvolvimento técnico dos carros e a adaptação dos simuladores. Formada em Engenharia Automotiva pela Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, ela tem vasta experiência em competições de endurance, como o WEC, além de passagens pelas categorias LMP2 e DTM. Neste ano, a engenheira tem sido uma peça-chave na comunicação com o piloto francês Esteban Ocon, que faz sua estreia pela Haas nesta temporada. Laura já havia trabalhado com Ocon nos testes de fim de temporada, em dezembro. Como engenheira de corrida, suas responsabilidades são cruciais para o sucesso da equipe. Ela será a responsável por monitorar o desempenho do carro de Ocon durante as provas, além de elaborar estratégias de pit stops e realizar ajustes conforme as condições climáticas e imprevistos durante a corrida. Laura também terá um papel importante na análise de dados de telemetria, identificando problemas e propondo soluções rápidas para otimizar o desempenho da Haas. Fonte: CNN Brasil
Mulher é presa em BH com fuzil e pistola; sétima apreensão de armas em 5 semanas
Na manhã desta terça-feira (21), uma mulher de 22 anos foi presa pela Polícia Militar (PM) no terminal turístico JK, localizado no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, por portar um fuzil e uma pistola. A suspeita, que havia chegado do Rio de Janeiro, foi detida ainda dentro do coletivo durante uma abordagem policial. De acordo com as primeiras informações da PM, a polícia já tinha conhecimento da suspeita antes da prisão. Durante a revista, foram encontrados os armamentos na mala dela: um fuzil e uma pistola. A mulher, que afirmou ser oriunda da favela da Maré, no Rio de Janeiro, revelou que estava indo para Betim, na Grande BH, para entregar as armas, recebendo R$ 700 pelo serviço. Ela também mencionou a influência do Terceiro Comando Puro (TCP) na comunidade de onde vinha. Essa apreensão é a sétima de um fuzil em cinco semanas na região de Belo Horizonte e cidades vizinhas. A presença desses armamentos é comumente associada ao crime organizado, especialmente facções do Rio de Janeiro e São Paulo, que utilizam o fuzil em suas atividades ilícitas. Fonte: CNN Brasil
Governo federal investe US$ 10 milhões em inteligência Artificial para Combater Fraudes no INSS
O governo federal já adquiriu uma ferramenta de inteligência artificial (IA) com o objetivo de combater fraudes nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação do sistema, que foi feito por meio da Dataprev (empresa estatal responsável pela implementação), teve um custo de cerca de US$ 10 milhões, sendo fornecido por uma empresa dos Estados Unidos. Atualmente, a ferramenta está em fase de calibração, com a coleta de dados para análise, e seu funcionamento está previsto para começar no primeiro semestre de 2025. Inicialmente, a IA será utilizada para verificar e processar os pedidos de auxílio-doença, com planos de expansão para outros benefícios do INSS, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a antiga aposentadoria por invalidez. A decisão de investir em tecnologia para enfrentar fraudes em benefícios surgiu após o aumento significativo das concessões de auxílio-doença e BPC, o que gerou um impacto nas contas públicas e passou a ser um dos pontos críticos do governo. O INSS, buscando uma maneira mais eficaz de controlar os gastos e garantir a integridade do sistema, incluiu a revisão do BPC no pacote de corte de despesas. A IA foi considerada essencial para ajudar na fiscalização e no combate às fraudes, já que pode analisar padrões e comparar informações, algo que os médicos peritos não conseguem fazer com a mesma eficiência devido à falta de um banco de dados robusto para avaliação de atestados. Em 2024, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que a IA seria crucial para identificar discrepâncias e padrões irregulares nos documentos, facilitando a detecção de fraudes. Com essa implementação, o governo espera dar um passo importante para reduzir os gastos públicos com benefícios, utilizando a tecnologia para otimizar os processos e garantir que os recursos sejam direcionados de forma adequada e eficiente. Fonte: CNN Brasil
Motorista de carreta que causou acidente fatal na BR-116 usou drogas e estava em alta velocidade, revela investigação
O motorista da carreta envolvida no trágico acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), em dezembro de 2024, foi preso nesta terça-feira (21) no Espírito Santo. Arilton Bastos Alves, que havia sido liberado após se apresentar à polícia dois dias após o acidente, foi alvo de um exame toxicológico que revelou o uso de várias drogas, incluindo cocaína, ecstasy, MDA, alprazolam e venlafaxina. Os peritos também detectaram a presença de álcool etílico, confirmando que ele consumiu essas substâncias simultaneamente. O acidente, que ocorreu na madrugada de 21 de dezembro, envolveu uma carreta, um ônibus de viagem e um carro. A carreta, com sobrepeso e alta velocidade, tombou, derrubando um bloco de granito que atingiu o ônibus, causando a tragédia. A investigação apontou que o caminhoneiro havia fugido do local e, em seu depoimento, admitiu não verificar o peso da carga que transportava, que superava as 68 toneladas, quase o dobro do limite permitido. Além do consumo de drogas e álcool, o juiz Danilo de Mello Ferraz destacou outros fatores agravantes, como o excesso de velocidade — a carreta estava viajando a mais de 132 km/h, quando o limite da via era 80 km/h. Ele também mencionou que, nas investigações, ficou claro que a principal causa do acidente foi o tombamento do segundo semirreboque da carreta e o desprendimento do bloco de granito, que acabou colidindo frontalmente com o ônibus. A defesa de Arilton Bastos Alves se mostrou surpresa com a prisão preventiva decretada e alegou que o caso ainda estava em fase de investigação. Eles anunciaram que tomariam as providências legais para garantir o direito à defesa e o devido processo legal. A Polícia Rodoviária Federal e os peritos criminais descartaram a hipótese inicial de que o acidente teria sido causado por um estouro de pneu no ônibus. Eles confirmaram que o bloco de granito se desprendeu da carreta devido ao excesso de peso e à velocidade imprudente do motorista, que estava sob o efeito de múltiplas substâncias psicoativas. Este trágico incidente, que deixou 39 mortos, expõe uma série de falhas graves, desde o transporte inadequado da carga até a condução imprudente e sob efeito de drogas, resultando em uma das maiores tragédias rodoviárias recentes. Fonte: G1
Prêmio APCA 2025: ‘Ainda Estou Aqui’ e ‘Kubrusly’ dominam as premiações, com destaques para Chay Suede e Andrea Beltrão
Na noite desta segunda-feira (20), a Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) anunciou os vencedores de sua premiação anual. O filme “Ainda estou aqui”, produção original do Globoplay, foi o grande vencedor na categoria Melhor Filme. Já na categoria de documentário, o vencedor foi “Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar por Aí”, também disponível na plataforma Globoplay. O documentário, que homenageia o renomado jornalista de cultura Maurício Kubrusly, traz um olhar sobre sua vasta trajetória como crítico musical e escritor. Kubrusly, com seu vasto repertório, deixou um legado importante para a cultura brasileira. Em “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, a atriz Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, e revive sua busca incansável por respostas sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), durante a ditadura militar brasileira. Além disso, a APCA também premiou as atuações de Chay Suede, reconhecido por sua performance em “Mania de Você”, e Andrea Beltrão, premiada por sua atuação em “No Rancho Fundo”. Fonte: G1
Sonho interrompido: Imigrante foge da violência e enfrenta o cancelamento do asilo na fronteira dos EUA
Nidia Montenegro, de 52 anos, fugiu da violência e da miséria na Venezuela e, durante sua jornada rumo ao México, sobreviveu a um sequestro. Ao chegar a Tijuana, uma cidade fronteiriça, ela aguardava ansiosa pela entrevista de asilo que a reuniria com seu filho, residente em Nova York. Porém, no domingo (20), seu agendamento foi abruptamente cancelado. Enquanto o presidente Donald Trump declarava emergência nacional na fronteira sul, imigrantes como Nidia, que estavam no México, verificavam ansiosamente o aplicativo do governo dos EUA, o “CBP One”, utilizado para agendar entrevistas de asilo. Ao atualizar o app, uma mensagem apareceu, chocando os presentes: “Entrevistas já agendadas pelo CBP One não são mais válidas”. O impacto foi imediato, e um clima de incredulidade tomou conta do abrigo em Tijuana, que ficava a poucos metros da fronteira. Nidia, com lágrimas nos olhos, exclamou: “Eu não acredito. Não, Deus, não.” As autoridades de fronteira dos EUA confirmaram que o aplicativo foi desativado e todos os agendamentos previamente marcados foram cancelados. Nidia fazia parte de um grupo de imigrantes que, a poucos dias de suas entrevistas, viram suas esperanças de chegar aos Estados Unidos de maneira legal se desvanecerem. Ao seu redor, outros também estavam em pânico, tentando, em vão, acessar o aplicativo enquanto o desespero tomava conta. Alguns receberam mensagens de e-mail confirmando o cancelamento, enquanto outros não conseguiam sequer abrir o app. Essa foi uma das primeiras medidas adotadas pela administração Trump, que já havia prometido enviar tropas para a fronteira, intensificar as deportações e classificar os cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras. A Reuters acompanhou a jornada de Nidia por dois meses, desde a empolgação ao conseguir uma entrevista marcada para quarta-feira, 22 de janeiro – apenas dois dias após a posse de Trump – até a frustração do cancelamento. Outras cidades da fronteira também vivenciaram situações semelhantes. Em Ciudad Juarez, do outro lado de El Paso, no Texas, migrantes com entrevistas agendadas pelo CBP One para aquela segunda-feira também foram surpreendidos com cancelamentos. “Acabou, eles tiraram tudo”, lamentou Margelis Tinoco, uma colombiana que viajava com seu marido e filho. “Eles bloquearam”, disse ela ao filho de 13 anos. “Não há mais nada que possamos fazer.” Em Piedras Negras, na fronteira com Eagle Pass, Texas, imigrantes com agendamentos enfrentavam a mesma situação. Com mochilas e cobertores em mãos, tentavam entender o que fazer a seguir enquanto descansavam encostados em uma parede. Alguns, em estado de choque, mandavam mensagens de voz emocionadas para suas famílias. Para Nidia Montenegro, o golpe foi ainda mais devastador. Chegou a Tijuana com um sorriso no rosto, cheia de expectativas de reencontrar seu filho após mais de um ano separados. “Hoje minha vida recomeça”, disse, otimista, à Reuters. No entanto, sua trajetória não foi fácil. No ano anterior, ela e dois sobrinhos foram sequestrados junto com várias outras pessoas, incluindo crianças, no momento em que chegaram ao sul do México. Dois dias depois, conseguiram escapar, mas o trauma a acompanharia por muito tempo. Agora, Nidia se vê sem direção, em uma cidade estrangeira, a milhares de quilômetros de casa, e a poucos metros do país onde esperava começar uma nova vida. Ainda em choque com o cancelamento de sua entrevista, ela insiste que não desistirá. “Eu vou à minha entrevista”, afirma, mesmo sabendo das dificuldades enfrentadas por outros que também foram barrados na fronteira. Fonte: g1