Israel revelou nesta quinta-feira (30) os nomes de três reféns israelenses que serão libertados como parte do acordo de cessar-fogo. A lista inclui Arbel Yehud, de 29 anos, Agam Berger, de 19 anos, e Gadi Moses, de 80 anos. Além deles, o governo israelense informou que cinco cidadãos tailandeses também serão soltos, mas fora da estrutura de libertação dos 33 reféns. A liberação desses três israelenses faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo negociado em Doha, no Catar. O governo de Israel também anunciou que, além dos reféns, cerca de 2 mil prisioneiros palestinos serão libertados. Entretanto, o porta-voz do governo israelense, David Mencer, informou que oito reféns israelenses já estavam mortos até segunda-feira (27), após os ataques do Hamas e outros grupos armados em 7 de outubro de 2023. A lista de reféns inclui apenas os israelenses identificados, enquanto a identidade dos cinco tailandeses continua em sigilo. Fonte: CNN Brasil
Aumento no diesel preocupa caminhoneiros: Reajuste gera incertezas sobre preços e inflação
A notícia de que o preço do óleo diesel será reajustado a partir deste sábado (1º) gerou grande preocupação, especialmente entre os caminhoneiros, uma das categorias mais afetadas pelo aumento. Com a mudança iminente, representantes dos trabalhadores autônomos do transporte rodoviário de cargas convocaram uma reunião para debater os impactos do reajuste sobre os custos dos serviços e, por consequência, sobre o preço dos produtos transportados. O encontro, que deve contar com lideranças de todo o país, está marcado para o dia 8 de fevereiro, no Porto de Santos, em São Paulo. Entidades do setor avaliam que o reajuste no combustível, utilizado para abastecer os caminhões, ocorre em um contexto de aumentos sucessivos, o que, segundo elas, já pode gerar impacto inflacionário, especialmente nos preços de alimentos. Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, expressou preocupação com o momento político e econômico: “No governo anterior, enfrentamos muitos problemas. No atual, apesar das promessas, ainda não vimos avanços significativos para o setor. Precisamos abrir um diálogo urgente com essa gestão, pois os aumentos estão nos deixando muito apreensivos”, afirmou. O reajuste no preço do diesel ocorrerá em duas etapas. Primeiramente, com o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que entra em vigor neste sábado (1º), após a aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no final de 2024. A segunda alta será em fevereiro, devido a uma decisão da Petrobras, que anunciou a necessidade de ajuste no preço do combustível, já que há uma defasagem de 15,15% desde 2024. Embora ainda seja difícil prever o impacto exato do aumento sobre os preços dos alimentos, principal preocupação do governo petista neste início de 2025, o cenário já é visto com apreensão, principalmente pela possibilidade de uma pressão sobre a trajetória de alta dos juros. Fonte: CNN Brasil
Jovem paraibano desaparece durante viagem a Tóquio e família está desesperada por notícias
Vitor Daniel Araújo Claudino, um jovem de 22 anos natural da Paraíba, desapareceu durante uma viagem para Tóquio, no Japão. De acordo com a família, ele havia viajado sozinho na última quinta-feira (23) e mantinha contato com seu irmão por mensagens. No entanto, após fazer uma parada no Catar, no Oriente Médio, o jovem parou de se comunicar. Na quinta-feira (23), Vitor partiu de São Paulo e embarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, com destino ao Japão, com escala prevista no Catar. Ao chegar no país árabe, na sexta-feira (24), ele informou ao irmão que pegaria um novo voo para Tóquio. Desde então, a família não obteve mais notícias de Vitor. A reportagem entrou em contato com o Itamaraty, mas não obteve resposta até o momento da última atualização. Em busca de informações sobre o desaparecimento, a família acionou tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal. A Polícia Civil da Paraíba informou que, em casos como esse, a investigação é repassada para a PF. A Polícia Federal, por sua vez, afirmou que ainda não possui detalhes sobre o caso. A família relatou que Vitor Daniel nasceu em Campina Grande, na Paraíba, mas recentemente havia se mudado para o Rio de Janeiro, onde trabalhava como gerente de um restaurante. Júnior Claudino, irmão do jovem, comentou que essa era a primeira vez que Vitor viajaria para o exterior. “Ele é um rapaz que adora viajar, mas nunca tinha ido para fora do Brasil. Costumava viajar dentro da Paraíba e por outras partes do Brasil. Ele teve a chance de conhecer o Japão, e agora, estamos sem notícias dele”, explicou Júnior. Desaparecimento no Japão Vitor Daniel estava em contato com a família durante a viagem para Tóquio, atualizando-os por um aplicativo de mensagens. Após informar que havia chegado ao Catar, ele desapareceu, e desde então a família está sem qualquer notícia sobre seu paradeiro. “Desde sexta-feira estamos angustiados. A última informação que recebemos foi quando ele chegou ao Catar e nos disse que, em algumas horas, embarcaria para Tóquio. Esperávamos que ele nos contatasse ao chegar no Japão, mas isso não aconteceu”, afirmou José Claudino, pai do jovem. A angústia da família é grande, e eles pediram apoio das autoridades para encontrar Vitor. “O que eu mais quero é que meu filho volte. Não consigo mais viver com essa dor. Desde sexta-feira não sabemos nada dele. Só quero ter meu filho de volta”, disse a mãe, Cileide Araújo. Atualizações durante a viagem Segundo a família, Vitor Daniel entrou em contato na sexta-feira (24) para dizer que havia chegado ao Catar e que pegaria o voo para o Japão às 2h da manhã. Ele mencionou que não sairia do aeroporto, pois estava escuro e considerava o local perigoso. Em outra mensagem, informou que, após chegar ao Japão, ficaria em um hotel com a estadia já paga e que planejaria viajar para Portugal no dia 2 de fevereiro, caso conseguisse uma passagem mais barata, para visitar um amigo. Após essa última comunicação, a família tentou entrar em contato novamente com Vitor, mas ele não respondeu. Fonte: G1
Imigrantes brasileiros nos EUA vivem sob tensão: Medo de deportações e ‘terror psicológico’ com as ações de Trump
Nos últimos dias, a caixa de mensagens do influenciador mineiro Junior Pena, conhecido entre os brasileiros nos Estados Unidos, tem recebido uma grande quantidade de relatos de famílias que estão temerosas e reclusas devido às políticas imigratórias do presidente Donald Trump. Muitos imigrantes estão modificando suas rotinas, evitando sair de casa e até cogitando retornar ao Brasil, diante da intensificação das ações contra imigrantes indocumentados, segundo Pena, que mora nos EUA há 15 anos e conta com mais de 1 milhão de seguidores no TikTok. O impacto das promessas de Trump de adotar medidas mais rígidas contra os imigrantes sem documentos já é visível em lugares frequentados pela comunidade brasileira, como mercados e igrejas evangélicas. Fernanda*, uma estudante brasileira que vive em uma das cidades com maior concentração de imigrantes, revelou à BBC News Brasil que os cultos estão significativamente mais vazios e que muitas pessoas estão com receio até de frequentar a igreja. Desde que assumiu a presidência, em 20 de janeiro, Trump tem emitido uma série de ordens executivas relacionadas à imigração, que visam fortalecer a repressão a migrantes sem documentos. Ao todo, foram mais de 20 ações que alteraram diversas partes do sistema imigratório, incluindo a detenção de imigrantes em locais como escolas, igrejas e clínicas, além da mobilização de agências como a Polícia Antidrogas e os Marshals para realizar prisões de imigrantes indocumentados. Embora membros do governo e a Casa Branca afirmem que o foco das operações são imigrantes considerados “criminosos”, a realidade tem sido diferente. Relatos de brasileiros indicam que pessoas sem antecedentes criminais têm sido detidas em operações de deportação, o que tem gerado pânico na comunidade. Em uma declaração recente, o prefeito de Newark, Ras Baraka, afirmou que agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) realizaram uma operação no local, prendendo tanto imigrantes indocumentados quanto cidadãos norte-americanos sem apresentar mandado. A mídia americana também trouxe à tona casos de pessoas, como uma mulher venezuelana em Miami, que, mesmo estando em processo para legalizar sua situação, foi detida em uma dessas blitzes. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em sua primeira coletiva de imprensa após o início do novo governo, afirmou que qualquer imigrante irregular é um “criminoso”, adicionando que a intenção de Trump é remover todos os imigrantes ilegais, sejam eles criminosos ou não. O Medo do “Dano Colateral” Os brasileiros que conversaram com a BBC News Brasil expressaram medo de se tornarem vítimas do chamado “dano colateral” — um termo utilizado para descrever a detenção de imigrantes sem histórico criminal, mas que acabam sendo levados pelas autoridades no meio de operações focadas em criminosos. Dinorah*, residente da Carolina do Norte, relatou que a tensão está tão alta que muitas pessoas estão tomando precauções, como evitar locais com grande concentração de imigrantes, pois temem ser arrastadas para as operações de deportação. Ricardo*, outro imigrante, disse que, apesar de acreditar que Trump está mirando nos criminosos, ele está com medo de ser pego “no lugar errado, na hora errada”. Segundo ele, a orientação dos advogados é evitar aglomerações de imigrantes e até mesmo viver com pessoas cujo passado criminal não se conhece. Rafael*, um brasileiro da Flórida, contou que sua advogada também o orientou a não frequentar supermercados ou eventos com outros imigrantes. Impacto nas Igrejas e Comunidade Brasileira A situação está afetando até mesmo aqueles que possuem a documentação em dia. Fernanda, estudante de teologia em Massachusetts, mencionou que reduziu suas visitas à igreja, temendo que algo inesperado acontecesse. Um pastor brasileiro de Orlando, que preferiu manter o anonimato, comentou que a crise tem gerado pânico, especialmente entre os imigrantes sem documentos, e que, embora muitos considerem as deportações como uma “precaução” para melhorar a segurança, para os imigrantes elas são uma “tragédia”. Junior Pena, por sua vez, acredita que esses últimos dias sob o governo de Trump têm sido de “terror psicológico” para os imigrantes brasileiros. Segundo o influenciador, o aumento da tensão é palpável após relatos sobre o tratamento cruel dado aos deportados, como o caso de brasileiros em um voo de deportação no dia 25 de janeiro, que gerou revolta e medo entre a comunidade. O “Período de Terror Psicológico” A pressão sobre os imigrantes é tão grande que há rumores de que os primeiros 100 dias do governo Trump serão um período de intensa repressão. Ricardo, também preocupado com a situação, acredita que após esse tempo as coisas possam voltar a uma certa normalidade. Já Igor*, residente de Utah, criticou o pânico excessivo espalhado em grupos de WhatsApp, onde muitas notícias e vídeos sobre operações do ICE acabam se revelando exageradas ou falsas. Enquanto isso, há quem minimamente tente normalizar a situação. Igor, que ainda está em processo de regularização de seu status, declarou que não percebe grandes mudanças desde a posse de Trump, e defende que, como imigrante, deve respeitar as decisões do país em que escolheu viver. No entanto, Ricardo ressalta que, mesmo com essas operações acontecendo há anos, o clima de tensão se intensificou com as promessas explícitas de deportação feitas por Trump. Para muitos, o medo é real, e a expectativa é de que os próximos meses tragam mais incertezas e dificuldades para a comunidade imigrante nos Estados Unidos. Fonte: G1
Remessas internacionais: Aumento de impostos pode elevar preços em até 50% e afetar compras no Brasil
A Receita Federal divulgou nesta quarta-feira (29) que as importações feitas por brasileiros caíram 11% em 2024 em comparação com o ano anterior. No total, foram adquiridas 187,12 milhões de mercadorias de outros países, contra 209,58 milhões em 2023. De acordo com a Receita Federal, as compras feitas pelo Programa Remessa Conforme responderam por 91,5% de todas as importações de 2024, totalizando 171.323.467 declarações de importação registradas. Apesar da redução no número de encomendas internacionais, a arrecadação do imposto de importação teve um aumento significativo de 40,7% em relação a 2023, somando R$ 2,8 bilhões, um recorde. No ano passado, a arrecadação foi de R$ 1,98 bilhão. Quando o governo anunciou a taxação de 20% sobre as remessas internacionais em agosto de 2023, a expectativa era de um aumento de R$ 700 milhões em 2024. A Receita Federal afirmou que esse crescimento na arrecadação reflete a criação do programa Remessa Conforme e a decisão do Congresso Nacional de aplicar a tributação em todas as remessas, independentemente do valor da compra. A alta no valor das importações também foi influenciada pela valorização do dólar, que subiu 27% em 2024. Isso fez com que o valor das importações através das remessas internacionais chegasse a R$ 16,6 bilhões, comparado a R$ 6,4 bilhões no ano passado. Arrecadação de US$ 670 milhões com encomendas abaixo de US$ 50 Dados da Receita Federal revelam que, entre agosto e dezembro de 2024, a cobrança do imposto sobre encomendas de até US$ 50 gerou US$ 670 milhões. O valor ficou bem próximo da estimativa de US$ 700 milhões. Além disso, houve aumento na arrecadação sobre as encomendas internacionais acima de US$ 50, que são tributadas com uma alíquota de 60%, explicando parte do crescimento na receita total. Programa Remessa Conforme O Programa Remessa Conforme, instituído em 2023, visa regularizar a importação de mercadorias. O imposto sobre essas compras ficou conhecido como “taxa da blusinha”. Inicialmente, compras de até US$ 50 eram isentas de imposto, desde que declaradas à Receita Federal, mas a adesão era baixa. No entanto, em 2023, os estados começaram a cobrar ICMS de 17% sobre essas compras. Em agosto de 2024, a alíquota de 20% foi estabelecida pelo governo federal para compras de até US$ 50, ao mesmo tempo em que os estados aumentaram a tributação do ICMS para a mesma porcentagem. A partir de abril de 2025, a combinação de impostos pode resultar em uma carga tributária de até 50% sobre essas importações. Impactos no Comércio e Preocupações das Plataformas Estrangeiras A Shein, por exemplo, alertou que os consumidores brasileiros já enfrentam uma das maiores cargas tributárias do mundo em compras internacionais. Em 2024, a carga tributária combinada chegou a 44,5% para produtos de até US$ 50 e deverá subir para 50% em 2025 com o aumento do ICMS. A empresa destacou que a medida afeta principalmente as classes de menor renda, que dependem de produtos importados acessíveis. Segundo a Shein, cerca de 88% dos 50 milhões de consumidores da empresa no Brasil pertencem às classes C, D e E. Já a AliExpress também se manifestou contra o aumento do ICMS, que elevará a carga tributária sobre produtos acima de US$ 50 para até 100%, considerando a soma dos impostos federais e estaduais. Posição dos Varejistas Nacionais Por outro lado, o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, afirmou que a carga tributária sobre produtos nacionais é muito maior, podendo atingir até 90%. Ele explicou que o aumento do ICMS não deve ter um impacto significativo nas importações de produtos estrangeiros, já que a variação final no preço seria pequena, cerca de 3,7%. O IDV representa grandes varejistas, como Americanas, Carrefour, Casas Bahia, Magalu e Zara, que defendem a medida como um passo para garantir a isonomia tributária entre os produtos nacionais e os importados. Fonte: G1