Na manhã desta segunda-feira (23), o corpo de um rapaz de 18 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi localizado na Praia de Aleluia. Ele havia desaparecido no mar dois dias antes, após se afogar enquanto nadava na Praia de Ipitanga, situada na região de Stella Maris, em Salvador. Segundo informações da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), responsável pelas operações de busca, o jovem estava em companhia de amigos jogando futebol numa quadra próxima à praia no sábado (21). Por volta das 17h10, ele e um colega decidiram entrar no mar para um mergulho. O incidente aconteceu em um trecho onde os postos de guarda-vidas da Salvamar já haviam encerrado as atividades do dia, cerca de 400 metros de distância. No momento do banho, ambos foram surpreendidos por uma forte corrente de retorno. Um surfista que estava na região conseguiu resgatar um dos jovens, mas o outro foi levado pela água e não houve tempo para salvamento. Após ser encontrado, o corpo passou por análise pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e, posteriormente, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Fonte: Jornal Correio
Dois meses após operação: vítimas de descontos ilegais no INSS seguem sem data definida para receber ressarcimento
Mesmo passados dois meses desde que as autoridades desmantelaram um esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS, os beneficiários lesados continuam sem previsão concreta para serem ressarcidos. As fraudes, ocorridas entre 2019 e 2024, envolvem um prejuízo estimado em R$ 6 bilhões. O golpe foi orquestrado por uma rede composta por associações, consultorias, corretoras e call centers, que aplicavam os descontos sem o consentimento dos aposentados e pensionistas. Para identificar quais descontos foram efetivamente indevidos, o governo federal liberou uma ferramenta específica no aplicativo “Meu INSS”, permitindo que cada segurado conteste as cobranças. Após a contestação, é aberto um processo individual, onde a entidade responsável pelo desconto deve apresentar documentação que comprove a autorização. Se não houver essa comprovação, a lei prevê um prazo de 15 dias para devolução dos valores ao INSS, que posteriormente repassará aos beneficiários por meio de folha suplementar. O Ministério da Previdência informou que a elaboração do cronograma de pagamentos está em fase final. Fontes envolvidas garantem que a ordem de solicitação determinará a prioridade no recebimento: quem iniciou a contestação primeiro será ressarcido primeiro. Os recursos para esses pagamentos virão do Tesouro Nacional, mas ainda há entraves internos sobre a origem e o volume exato dos recursos a serem liberados. O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, defende que a população prejudicada não pode aguardar o desfecho dos processos judiciais para ter seus valores devolvidos. Enquanto isso, técnicos da área orçamentária afirmam que há alternativas em análise, devendo constar no próximo relatório de avaliação de receitas e despesas, previsto para o fim de julho. Para viabilizar os repasses, será necessário bloquear parte do orçamento vigente, criando espaço fiscal para os pagamentos. Durante audiência na Câmara dos Deputados, no início de junho, Wolney Queiroz estimou que os reembolsos podem alcançar R$ 4 bilhões. Segundo o INSS, até 19 de junho, 3,4 milhões de aposentados já relataram ter sido vítimas do golpe, mas apenas 93,2 mil reconheceram os descontos indevidos. Dos mais de 9 milhões de aposentados que podem ter sido afetados, não há um prazo definido para manifestação. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, em nota, que pretende apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o cronograma de restituições ainda nesta semana. Já o Ministério da Previdência garantiu que todos os segurados prejudicados terão o valor devolvido de forma integral e em parcela única, com limite máximo até 31 de dezembro de 2025. Demora preocupa especialistas Para o professor Rafael Viegas, da FGV-SP e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o governo peca ao não apresentar um plano emergencial com prazos, ações concretas e comunicação clara. Ele destaca a dificuldade de identificar com precisão as vítimas, o desafio de distinguir descontos legítimos de fraudes e o risco fiscal de liberar pagamentos em massa sem base jurídica sólida. Segundo Viegas, a falta de respostas rápidas intensifica os prejuízos de aposentados vulneráveis e aumenta a judicialização do tema, além de alimentar pressões políticas e prejudicar a credibilidade do governo. Ele avalia que a gestão de Lula sofre impacto direto na popularidade devido à percepção de desorganização e falta de sensibilidade social, apesar da origem do escândalo remontar ao governo anterior. O professor Luis Lopes Martins, da FGV Direito Rio, critica a escolha do modelo atual de ressarcimento, que obriga cada aposentado a abrir um processo individual. Para ele, a adoção de uma devolução automática, mesmo para quem autorizou os descontos, teria sido mais eficiente e reduziria a quantidade de ações judiciais. Martins alerta que a demora aumenta os custos do governo, uma vez que os aposentados podem pedir não só o valor descontado, mas também juros, correção e danos morais. Segundo ele, acreditar que todo o processo poderia ser concluído em apenas dois meses era pouco realista. A explosão de ações judiciais A primeira fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, teve efeito imediato nas estatísticas judiciais: apenas em maio, mais de 10,9 mil novos processos foram abertos contra o governo, uma média de 352 por dia. Em janeiro, antes da operação, foram apenas 412 ações. Hoje, a AGU já contabiliza cerca de 65,2 mil processos movidos por aposentados lesados, com impacto financeiro estimado em quase R$ 1 bilhão. O temor da equipe econômica é que os pedidos judiciais não se limitem à devolução dos valores, mas também incluam indenizações por danos morais – o que, segundo sentenças recentes, tem sido acolhido pelo Judiciário. Diante disso, a AGU pediu ao STF a suspensão de todas as ações em curso no país, com o objetivo de costurar um acordo coletivo. Uma das propostas em discussão é que os aposentados recebam o ressarcimento de forma única até o final de 2025, mas em contrapartida, desistam de processos judiciais ou de novas ações. Investigação criminal e riscos fiscais As investigações sobre o esquema seguem em curso. O STF instaurou recentemente o primeiro inquérito criminal relacionado ao caso, sugerindo possível envolvimento de autoridades com foro privilegiado, cujo nome segue sob sigilo. A ofensiva que revelou as fraudes teve início em 23 de abril, após uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU). A apuração resultou no afastamento do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e na saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência. De acordo com a CGU, muitas das associações envolvidas nem sequer possuíam estrutura para fornecer os serviços que alegavam prestar aos aposentados. Enquanto o governo tenta dimensionar o alcance da fraude, técnicos da equipe econômica alertam para o risco fiscal que o caso representa. Uma decisão recente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), que fixou uma indenização de R$ 8 mil por danos morais a uma aposentada, ligou o sinal de alerta. Se valores semelhantes forem replicados em larga escala, o impacto nas contas públicas pode ultrapassar R$ 14 bilhões. Até o momento, no entanto, o governo ainda não definiu de onde sairá o dinheiro para cobrir todos os prejuízos. Fonte: CNN Brasil
Discussão por som alto termina com homem morto a tiros na zona rural de Cristópolis
Na comunidade rural de Cristópolis, situada no oeste da Bahia, uma discussão envolvendo volume excessivo de som terminou em tragédia no último sábado (21). O crime ocorreu nas proximidades de uma quadra de esportes local. Jhones Gley Damaceno de Jesus, de 40 anos, foi a vítima fatal do desentendimento. De acordo com relatos iniciais coletados pela Polícia Militar, tudo começou quando um homem, cuja identidade ainda não foi confirmada, se incomodou com o barulho vindo do carro da vítima. O suspeito, que estava com o próprio veículo com som alto, exigiu que Jhones reduzisse o volume do som. A recusa resultou em uma troca de agressões físicas. Conforme testemunhas, o homem se sentiu desmoralizado após levar um tapa durante a briga. Pouco depois, ele foi até sua residência, pegou uma arma de fogo e retornou ao local para atirar contra Jhones, que não resistiu aos ferimentos. Após o homicídio, o autor fugiu e, até o momento, não foi encontrado. A área do crime foi isolada para os trabalhos da equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pela perícia e remoção do corpo. A Polícia Civil assumiu as investigações. Caso semelhante ocorreu dois dias antes na Região Metropolitana de Salvador Este assassinato em Cristópolis acontece poucos dias depois de outro episódio de violência relacionado a som alto na Bahia. Na quinta-feira (19), uma ocorrência de poluição sonora em Lauro de Freitas, na Grande Salvador, terminou em tiroteio e morte. A Polícia Militar informou que agentes foram chamados para atender a uma denúncia no Alto do Picuaia, onde dois carros estavam circulando em alta velocidade e com som acima do permitido. Ao receberem ordem de parada, os motoristas não obedeceram e tentaram fugir. Durante a perseguição, segundo a corporação, ocupantes dos veículos atiraram contra os policiais. Houve troca de tiros. Um dos carros acabou colidindo contra o muro de uma residência. Os suspeitos desceram do veículo, que apresentava placa adulterada. No confronto, um dos homens foi baleado e levado ao Hospital Menandro de Farias, mas não sobreviveu aos ferimentos. Seu nome não foi divulgado. Os demais envolvidos conseguiram escapar. Além disso, a polícia apreendeu um simulacro de arma de fogo. A fachada da casa atingida ficou bastante danificada, porém nenhum morador se feriu. A Polícia Civil, questionada pela TV Bahia, informou que, até aquele momento, não havia encontrado registro formal da ocorrência. Fonte: G1
Cantor de Forró Gisley Ribeiro Morre aos 42 Anos Após Mal Súbito Durante Show na Bahia
Durante uma apresentação em Juazeiro, no norte da Bahia, o cantor de forró Gisley Ribeiro sofreu um mal-estar repentino que resultou em sua morte aos 42 anos. O episódio ocorreu no sábado (21), quando Gisley começou a sentir uma intensa dor no peito. Ele foi socorrido e encaminhado a um hospital, mas infelizmente não resistiu. O velório do artista aconteceu no domingo (22), e até o momento os familiares optaram por não se pronunciar publicamente sobre a perda. Nas redes sociais, admiradores prestaram homenagens emocionadas, desejando que o cantor tenha um descanso de paz e luz. Uma seguidora destacou que Gisley deixou “um legado de alegria e carisma por onde passou”. fonte: Bnews
Brasileira desaparece em trilha e é encontrada em penhasco
O guia Ali Musthofa, responsável por acompanhar Juliana Marins durante a trilha no Monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia, negou ter abandonado a brasileira antes de sua queda. Segundo ele, orientou Juliana a fazer uma pausa para descansar e seguiu na frente por aproximadamente três minutos. Quando percebeu que ela estava demorando a acompanhá-lo, decidiu retornar. Ao voltar, não encontrou Juliana no local e, pouco depois, percebeu que ela havia despencado cerca de 150 metros abaixo. De acordo com seu relato, a jovem acenava com uma pequena lanterna e pedia ajuda. “Eu esperei três minutos adiante dela. Depois de uns 15 a 30 minutos sem sinal dela, voltei ao último ponto de descanso, mas ela não estava lá. Só então notei uma luz no barranco e percebi que ela havia caído”, declarou Ali ao jornal O Globo. Ele disse ainda que acionou imediatamente o serviço de resgate, pois o local exigia equipamentos especializados. O Parque Nacional do Monte Rinjani divulgou que a primeira visualização de Juliana ocorreu por meio de um drone na manhã desta segunda-feira (23), às 6h30 no horário de Brasília. Ela foi localizada imóvel, presa a um penhasco de rocha a cerca de 500 metros de profundidade. As equipes de resgate tentaram estabelecer dois pontos de ancoragem para alcançar a vítima: o primeiro a 350 metros de altura e o segundo mais próximo de onde ela estava. Entretanto, as condições do terreno, com muitas saliências e irregularidades, impediram a fixação das cordas, obrigando os socorristas a tentar uma escalada direta. O trabalho da equipe de resgate vem sendo dificultado por fatores climáticos, como neblina intensa e ventos fortes, que reduziram significativamente a visibilidade. Por medida de segurança, os profissionais precisaram recuar. Em nota oficial, foi informado que a operação se encontra em estado de “prontidão”, aguardando condições climáticas melhores. Durante uma reunião virtual com o governador local, discutiu-se a possibilidade de utilizar um helicóptero, desde que equipado com o sistema Hois, e com clima propício dentro da chamada “janela dourada” de 72 horas, considerada crucial para salvamentos em áreas de difícil acesso. Enquanto isso, a família de Juliana, através de sua irmã Mariana, tem feito apelos por mais agilidade nas ações de resgate. Mariana destacou que a jovem permanece há três dias sem acesso a água, alimentos ou agasalhos e reforçou a urgência das operações. “Em um dia inteiro de resgate, eles só conseguiram avançar 250 metros, faltam ainda 350 metros… É urgente que cheguem até ela!”, escreveu. A trilha do Monte Rinjani, uma das mais desafiadoras da Indonésia, possui 3.726 metros de altitude e costuma exigir de dois a quatro dias para ser concluída. Juliana, de 26 anos, estava no segundo dia da jornada quando escorregou e despencou cerca de 300 metros. Sua localização só foi possível no sábado, por volta das 17h10 (horário de Brasília), quando turistas, com o auxílio de um drone, conseguiram avistá-la. A comunicação com a família, devido à falta de sinal de celular, só aconteceu posteriormente, por meio das redes sociais. Representantes da embaixada brasileira e da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia seguem na região, trabalhando em conjunto com alpinistas experientes, enquanto aguardam condições meteorológicas mais favoráveis para uma nova tentativa de resgate. Fonte: Jornal Correio
Jovem Atleta de Futevôlei Morre Durante Torneio Estadual no Tocantins
Durante uma etapa do Circuito Tocantinense de Futevôlei, realizada em Palmas, o jogador Artur Guilherme Silva Martins, de 23 anos, faleceu enquanto participava da competição. O anúncio da morte foi feito pela Federação de Futevôlei do Tocantins através das redes sociais no domingo (22). Conforme a entidade organizadora, havia um socorrista de plantão no evento, que realizou os primeiros atendimentos assim que a emergência foi percebida. Por conta da tragédia, o torneio foi imediatamente interrompido. Até o momento, a causa da morte de Artur não foi divulgada. A Federação destacou que todos os atletas inscritos no campeonato possuem seguro e reforçou que a segurança dos participantes é uma de suas principais preocupações. Em comunicado oficial, a Secretaria dos Esportes e Juventude prestou solidariedade aos familiares, amigos e à comunidade esportiva que acompanhava o atleta. O velório ocorreu na manhã desta segunda-feira (23), das 7h às 10h. Após a cerimônia, o corpo foi encaminhado para a cidade natal de Artur. O local exato do sepultamento não foi informado. Fonte: CNN Brasil
Ex-policial e líder do tráfico: ‘Rafael Pulgão’ é preso em megaoperação contra guerra de facções na Zona Oeste do Rio
Na madrugada desta segunda-feira (23), agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro capturaram Rafael Luz Souza, conhecido no meio criminal como “Rafael Pulgão”, durante mais uma etapa da Operação Contenção. As investigações apontam que ele teve participação direta em tiroteios entre facções rivais na Zona Oeste carioca. A prisão foi realizada com o apoio de diversas unidades especializadas: Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), além das 22ª (Penha), 34ª (Bangu) e 35ª Delegacias Policiais (Campo Grande). Conforme os policiais, Rafael comandava um grupo atuante na Vila Kennedy e esteve envolvido em embates armados com milicianos na região do Catiri, numa tentativa de ampliar a presença da facção Comando Vermelho. Segundo os investigadores, a Vila Kennedy vinha funcionando como um ponto estratégico para a chamada “Tropa do RD”, braço operacional ligado ao Comando Vermelho. Dessa localidade, partiam ofensivas em direção a áreas como Santa Cruz, Antares e Rodo. Rafael Luz Souza já havia sido expulso dos quadros da Polícia Civil em 2021, após condenação que somava mais de 15 anos de reclusão por crimes relacionados à milícia. Em outubro de 2024, ele obteve liberdade condicional. Desde então, segundo apuração da polícia, teria se aliado ao Comando Vermelho com o objetivo de reconquistar territórios antes controlados por facções rivais. Durante a operação desta segunda, Rafael foi detido em flagrante e responderá por associação criminosa qualificada. A Polícia Civil ressaltou que as investigações continuam e que outros membros das organizações envolvidas nos confrontos também estão sendo alvo das apurações. A Operação Contenção tem como foco principal frear o avanço territorial de facções e reduzir a violência armada nas comunidades da Zona Oeste. A corporação reforça que denúncias anônimas podem ser feitas por meio do Disque Denúncia da DRFA. Fonte: CNN Brasil
Irã ataca bases dos EUA no Oriente Médio: mísseis alvo de alerta máximo no Catar e Iraque
Na segunda-feira (23), o Irã assumiu a autoria de um ataque contra instalações militares dos Estados Unidos localizadas no Catar e no Iraque. Fontes com conhecimento direto da situação informaram que os EUA estão rastreando diversos mísseis lançados a partir do território iraniano em direção às bases americanas nesses dois países. Segundo um representante da Casa Branca, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, acompanham a situação diretamente da Sala de Situação. Antes mesmo da confirmação do ataque, um alto representante do governo norte-americano revelou que autoridades tanto da Casa Branca quanto do Pentágono estavam atentos a possíveis ameaças contra a Base Aérea de Al Udeid, situada no Catar. Vale lembrar que o presidente Donald Trump esteve nessa base no mês passado, tornando-se o primeiro líder dos EUA a visitar o local desde 2003. Considerada a maior base militar americana no Oriente Médio, Al Udeid recebeu Trump em 17 de maio, quando ele declarou: “Nenhuma visita ao Golfo estaria completa sem cumprimentar aqueles que mantêm os Estados Unidos seguros, fortes e livres”. Fonte: CNN Brasil
Jovem perde o polegar durante guerra de espadas em Cruz das Almas
Durante as festividades juninas no município de Cruz das Almas, no recôncavo baiano, um jovem de 21 anos sofreu a amputação do polegar direito após um artefato explodir em sua mão no último domingo (22). A Secretaria Municipal de Saúde confirmou o caso na segunda-feira (23). O acidente foi registrado em vídeo e circulou nas redes sociais. Nas imagens, Taylon Sousa, como foi identificado, aparece segurando uma “espada” nas mãos antes da explosão, que o faz sair correndo em estado de pânico (veja no vídeo acima). Após o incidente, moradores da região prestaram os primeiros socorros e o encaminharam a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em função da gravidade do ferimento, Taylon precisou ser transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Depois de receber atendimento médico, o jovem gravou um vídeo para tranquilizar amigos e familiares, onde apareceu com a mão enfaixada. “Pessoal, como todos já sabem, aconteceu isso comigo, mas graças a Deus estou bem”, declarou. Tradição polêmica A chamada “Guerra de Espadas”, uma prática típica das festas juninas na Bahia, costuma transformar ruas em verdadeiros campos de disputa entre “espadeiros” nas noites de junho e começo de julho. Os participantes manuseiam fogos de artifício de grande potência, feitos artesanalmente com bambu, pólvora e limalha de ferro, simulando um duelo. Mesmo com a tradição enraizada, a atividade é motivo de intenso debate. Desde 2017, a fabricação, posse e uso das espadas são considerados crimes, com punições que podem chegar a seis anos de reclusão. Apesar disso, muitos moradores e defensores da prática continuam criticando a proibição. O Corpo de Bombeiros reforça os alertas sobre os riscos envolvidos, principalmente devido à produção caseira das espadas, realizada em locais improvisados como barracões e galpões, sem qualquer controle técnico ou de segurança. Histórico da proibição A restrição à guerra de espadas tem origem na aplicação do Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. A partir desse marco legal, a prática passou a ser enquadrada no Artigo 16, que trata da posse e porte ilegal de armas de uso restrito. Em 2015, o Ministério Público da Bahia passou a emitir recomendações limitando o uso das espadas. Dois anos depois, em 2017, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou oficialmente a proibição da guerra de espadas. Posteriormente, em 2018, o Ministério Público Estadual orientou o município de Senhor do Bonfim a não permitir nem colaborar com a realização da prática, que utiliza artefatos similares a pequenos foguetes lançados como se fossem espadas. Fonte: G1