Um tiroteio devastador ocorreu nesta terça-feira (4) em Örebro, cidade sueca localizada a 200 km de Estocolmo, deixando um saldo trágico de dez mortos, incluindo o próprio atirador. A polícia ainda não revelou a identidade das vítimas nem suas idades, mas confirmou que o autor do ataque, um homem de 35 anos, não possuía antecedentes criminais e tinha licença para porte de armas.
O incidente aconteceu em uma escola localizada em um campus com várias instituições de ensino, incluindo a Risbergska, voltada para adultos que não completaram o ensino superior. Ao perceberem a situação de perigo, os alunos foram mantidos em salas fechadas, enquanto as forças de segurança evacuavam a área.
A operação policial começou às 12h33, após o alarme ser disparado, e os investigadores acreditam que o atirador agiu sozinho. A polícia também descartou a hipótese de novos ataques, mas ressaltou que o trabalho de investigação continua. O tiroteio gerou pânico na comunidade escolar, com relatos de professores e alunos fugindo pelas instalações. Uma professora, Maria Pegado, de 54 anos, descreveu à Reuters como, após o intervalo para o almoço, ela correu com seus alunos pelo corredor ao ouvir os disparos.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, expressou seu pesar, considerando o ataque um “terrível ato de violência”, e enviou suas condolências às famílias das vítimas, pedindo que a população seguisse as orientações das autoridades.
“Este é um dia muito doloroso para toda a Suécia. Meus pensamentos estão com aqueles que viveram esse pesadelo dentro da sala de aula”, afirmou Kristersson, destacando o impacto do ataque na comunidade escolar.
O hospital local entrou em estado de emergência para tratar os feridos, e a polícia pediu para que os moradores se mantivessem afastados da área enquanto a investigação prossegue. A situação em Örebro é considerada grave, e o governo sueco está acompanhando de perto os desdobramentos do caso.
A Suécia enfrenta uma crescente onda de violência relacionada a gangues, embora ataques fatais em escolas ainda sejam relativamente raros. Nos últimos anos, no entanto, o país tem vivido uma escalada de tiroteios e atentados ligados a organizações criminosas, com as autoridades reforçando a segurança e a prevenção.
Fonte: G1