Uma ofensiva coordenada pelas forças de segurança de Minas Gerais resultou na prisão de três indivíduos e no cumprimento de dez mandados de prisão, na manhã desta terça-feira (29). A operação, denominada “Terceira Estação”, teve como objetivo combater uma rede criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no estado.
As ordens judiciais foram executadas nas cidades de Contagem, Uberlândia, Governador Valadares e também em Cariacica, no Espírito Santo. A ação contou com o esforço conjunto do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), das polícias Civil e Militar de Minas Gerais, além da 11ª Promotoria de Justiça de Governador Valadares.
De acordo com a Polícia Militar, a organização criminosa alvo da operação tinha como base o município de Governador Valadares, mas possuía conexões em outros estados, com uma estrutura operacional tanto dentro quanto fora do sistema prisional. As investigações apontaram que um dos chefes do grupo, atualmente detido no Complexo Público-Privado de Ribeirão das Neves, continuava a coordenar as atividades ilegais de dentro da prisão.
Esse líder contava com o apoio direto de sua companheira, que operava usando documentos falsos. A mulher acumula sentenças que somam mais de 34 anos de prisão por envolvimento em tráfico de drogas entre estados e assaltos a instituições bancárias. A polícia identificou movimentações financeiras suspeitas que ultrapassaram os R$ 21 milhões, todas relacionadas à sua atuação no esquema.
Os levantamentos revelaram que o grupo mantinha uma estrutura criminosa altamente articulada, com métodos sofisticados de lavagem de capitais e ocultação de patrimônio. A base principal da quadrilha se localizava no bairro Primavera, mas as operações se estendiam a diversos estados brasileiros.
Durante as diligências, os agentes apreenderam dois revólveres calibre .38, 32 munições compatíveis, entorpecentes semelhantes à maconha e ao crack, além de R$ 10.157 em dinheiro, documentos e aparelhos eletrônicos. A Justiça também determinou o bloqueio de valores superiores a R$ 10 milhões em ativos financeiros ligados à organização.
Fonte: CNN Brasil