Mercado de café em colapso: Aumento das margens e alta nos preços geram crise para Traders

O aumento nas taxas de negociação do café arábica na bolsa ICE tem intensificado uma alta que já resultou em 14 recordes consecutivos de preços dos grãos verdes nas últimas três semanas, de acordo com traders e analistas do setor.

A ICE, que estabelece as referências de preço para o café físico globalmente, anunciou no início desta semana que estava elevando novamente as margens de negociação.

Especificamente no contrato de arábica mais negociado, a bolsa elevou as margens em 10%, atingindo US$10.410 por contrato, quase o dobro do valor do ano passado. Isso significa que para negociar cerca de 100 toneladas métricas de arábica, é necessário um pagamento inicial diário de aproximadamente US$62.000. Caso a posição não seja lucrativa, será exigido um valor maior para cobrir eventuais perdas.

Se um trader mantiver uma posição vendida de futuros para 100 toneladas, em um cenário onde os preços estão subindo rapidamente, os pagamentos exigidos podem ultrapassar centenas de milhares de dólares.

Muitos traders optam por posições vendidas, apostando na queda dos preços, e frequentemente essas apostas são muito maiores que 100 toneladas. O aumento nas exigências de pagamento durante a alta dos preços tem forçado aqueles com crédito mais restrito a liquidar suas posições. O processo de liquidação geralmente envolve a recompra de contratos futuros, o que acaba impulsionando ainda mais os preços na ICE.

Sem uma solução rápida no horizonte, um trader de uma grande empresa europeia de comércio de café relatou que “bilhões” estão sendo solicitados para chamadas de margem, sem sinais de que a situação melhore em breve. Ele afirmou, sob anonimato, que pode haver um alívio quando os fluxos de exportação do Brasil aumentarem com a nova safra, mas isso só ocorrerá mais adiante no ano.

Geralmente, os traders mantêm posições vendidas como uma forma de proteger seus investimentos ou garantir preços fixos contra uma possível queda no valor da commodity física. No entanto, em um mercado em alta, essa estratégia falha se os traders não conseguirem cobrir as perdas até a entrega da commodity, que acaba se valorizando.

Comerciantes brasileiros como Atlântica e Cafebras, no final do ano passado, buscaram reestruturação de dívida judicialmente, o que pode levar à falência se não houver êxito. Analistas alertam que há um risco significativo de outros traders ficarem sem recursos financeiros. Um analista de uma das maiores casas de comércio global de café afirmou que “as linhas de crédito dos traders estão excessivamente comprimidas em um mercado de US$4 por libra-peso. Isso implica que eles não estão fazendo hedge. Quando um torrefador ou especulador compra futuros, não há vendedores suficientes, e o mercado entra em caos.”

Fonte: CNN Brasil

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