Imagens recentemente divulgadas mostram Thiago Arruda Campos Rosa, bancário de 32 anos, trafegando em alta velocidade e invadindo um canteiro momentos antes de atropelar e matar o cantor de pagode Adalto Mello, de 39 anos, em São Vicente, no litoral paulista.
O exame do bafômetro apontou que o motorista estava com um teor alcoólico 20,5 vezes acima do limite legal permitido. Conforme relatado por Sabrina Dantas, advogada da família da vítima e assistente de acusação, o novo vídeo contraria a versão apresentada pela defesa de Thiago, que havia apresentado um laudo particular alegando que ele não teria visualizado a vítima. A advogada destacou ainda que as imagens captadas por câmeras de monitoramento evidenciam uma manobra perigosa, com ultrapassagem pela direita, que culminou na morte do músico.
Sabrina acrescentou que a atitude do bancário caracteriza conduta culposa e informou que o laudo particular entregue pela defesa foi contestado pelo promotor do caso na quarta-feira (9). Ela reforçou também que busca reparação financeira pelos prejuízos sofridos pela família.
Por outro lado, o advogado de defesa, Mário Badures, declarou que ainda não foi oficialmente notificado sobre a decisão judicial e, por isso, não se manifestaria sobre o caso neste momento.
Entenda o caso
Na madrugada de 29 de dezembro de 2024, Adalto Mello perdeu a vida após sua motocicleta ser atingida pelo veículo conduzido por Thiago Arruda Campos Rosa em uma via de São Vicente. Segundo informações da Prefeitura, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o cantor teve o óbito constatado no local.
De acordo com o boletim de ocorrência, Thiago apresentava sinais claros de embriaguez, como fala arrastada, olhos avermelhados e dificuldade para caminhar. Ele admitiu ser o responsável pela direção e alegou que a moto da vítima teria aparecido de forma repentina à sua frente.
O bafômetro indicou a presença de 0,82 miligrama de álcool por litro de ar expelido, número extremamente superior ao limite de 0,04 mg/l previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O caso foi registrado como homicídio culposo na condução de veículo automotor.
Fonte: CNN Brasil