Nesta sexta-feira (12), o porta-voz da polícia no Nepal, Binod Ghimire, informou que subiu para 51 o total de mortes registradas durante os protestos contra a corrupção realizados nesta semana.
Entre os mortos estão 21 civis que participavam dos protestos, nove detentos, três agentes das forças de segurança e outras 18 pessoas, conforme detalhou Ghimire.
As manifestações ganharam força após o governo impor, na semana passada, uma restrição ao uso de redes sociais — medida que acabou sendo revogada. A decisão de recuar veio após o episódio violento da última segunda-feira (8), quando 19 pessoas perderam a vida depois que a polícia utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Na quinta-feira (11), em Katmandu, jovens representantes da chamada Geração Z se reuniram com membros do Exército nepalês e defenderam a dissolução do parlamento. Durante esse encontro, anunciaram a escolha de Sushila Karki, ex-chefe da Suprema Corte do Nepal, para liderar um governo interino.
Segundo Ojashwi Raj Thapa, um dos líderes do movimento juvenil, o grupo não deseja revogar a constituição do país, mas defende mudanças significativas em sua estrutura.
Outro porta-voz do grupo, Purushottam Yadav, declarou que os protestos foram organizados de forma pacífica e com autorização oficial do chefe distrital de Katmandu. No entanto, o movimento acabou sendo alvo de uma ação repressiva por parte das autoridades, o que desencadeou a violência e levou à renúncia do primeiro-ministro K.P. Sharma Oli.
Fonte: CNN Brasil