Na madrugada de terça-feira (24), uma tragédia abalou a cidade de Areia Branca, em Sergipe: Layla Sofia Santos Menezes, uma menina de apenas 1 ano e 11 meses, perdeu a vida após ser atingida por disparos enquanto estava no carro da família junto aos pais. O veículo foi alvejado por um motorista que tentava realizar uma ultrapassagem.
Imagens de câmeras de segurança captaram o momento em que uma caminhonete se aproxima do carro da família e o condutor, identificado como Alex de Oliveira Nunes, de 28 anos, atira. A gravação foi essencial para a rápida atuação das forças policiais. Em uma operação conjunta, agentes das Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal conseguiram localizar e prender o autor em flagrante poucas horas depois.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Miguel Maximino, a equipe da plantonista de Itabaiana recolheu as filmagens e identificou imediatamente o veículo envolvido. Na abordagem, foram apreendidos a arma utilizada, três carregadores e as roupas que Alex usava no momento do crime, as mesmas registradas nas imagens.
Durante o depoimento à Delegacia Plantonista de Itabaiana, Alex confessou o crime e afirmou estar alcoolizado. Segundo ele, uma discussão por uma ultrapassagem motivou os disparos, embora tenha reconhecido que a rua era suficientemente larga. Ele alegou não saber quem estava no outro carro e demonstrou arrependimento ao saber que havia matado uma criança, destacando que também é pai de dois filhos.
Ainda segundo o delegado, Alex revelou ter adquirido a arma de maneira ilegal, cerca de dois anos atrás, de um caminhoneiro em Itabaiana, por R$ 8 mil, o que indicaria que ele a utilizava como item pessoal. No mesmo depoimento, ele também assumiu participação em uma tentativa de homicídio ocorrida anteriormente, também em Areia Branca.
O autor será indiciado por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. O inquérito policial está em fase de conclusão, e o delegado Miguel Maximino assegura que todas as diligências necessárias, como perícias técnicas, estão sendo realizadas para que o Ministério Público e o Judiciário possam agir com base em provas sólidas. Ele ressaltou a gravidade do crime, cometido por motivo fútil, que ceifou a vida de uma criança inocente e chocou a sociedade.
Fonte: CNN Brasil