Nesta sexta-feira (16), Israel intensificou sua ofensiva no Mar Vermelho ao atingir os portos iemenitas de Salif e Hodeida, com o objetivo de enfraquecer a infraestrutura militar dos houthis. Em meio à escalada, autoridades israelenses alertaram que o líder do grupo rebelde, Abdul Malik al-Houthi, poderá ser alvo caso os ataques contra o país continuem.
Mesmo após terem cessado os disparos contra embarcações norte-americanas, os houthis seguem lançando mísseis em direção a Israel, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza. Em resposta, Tel Aviv tem promovido ações retaliatórias — como o bombardeio de 6 de maio, que atingiu o principal aeroporto de Sanaa, matou civis e causou danos significativos.
Segundo o Exército israelense, mais de 30 projéteis foram lançados na mais recente operação, que marca o oitavo ataque contra posições houthis. As Forças de Defesa afirmaram que os portos atingidos estariam sendo utilizados para movimentação de armamentos, e renovaram o apelo à evacuação dos civis nessas áreas.
O Ministério da Saúde controlado pelos houthis relatou que os ataques deixaram ao menos um morto e nove feridos. Moradores da cidade de Hodeida relataram explosões intensas e colunas de fumaça emergindo do porto.
Em declaração conjunta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz afirmaram que pretendem eliminar líderes hostis, incluindo Abdul Malik al-Houthi, caso os ataques continuem. Eles citaram como exemplos outras lideranças mortas por Israel, como Yahya Sinwar, do Hamas, e Hassan Nasrallah, do Hezbollah.
Em reação, Mohammed Ali al-Houthi classificou as ameaças israelenses como “fantasiosas”, sugerindo na rede X que se tratam de manobras para ganhar tempo e criar metas inatingíveis.
Os houthis, apoiados pelo Irã, integram o chamado “Eixo da Resistência” contra os interesses israelenses e norte-americanos no Oriente Médio, ao lado do Hezbollah no Líbano e do Hamas em Gaza. Cerca de 60% da população do Iêmen vive sob o domínio do grupo, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos.
Desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023, os houthis lançaram dezenas de mísseis e drones contra território israelense, a maioria interceptada ou sem impacto significativo.
Fonte: CNN Brasil