Após concluírem as investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou um homem de 54 anos, suspeito de ter matado e ocultado o corpo de uma menina de 13 anos, desaparecida desde o dia 9 de fevereiro em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O nome do suspeito não foi revelado, e ele foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver, sendo preso em flagrante no mesmo dia do crime.
A investigação teve início após a mãe da adolescente procurar a polícia relatando o desaparecimento da filha. Durante as apurações, os agentes localizaram o suspeito, que indicou o local onde o corpo havia sido escondido. A mãe da vítima informou que a filha havia dito que iria à casa de uma amiga, a aproximadamente 1,5 km de distância, com a intenção de ir para a escola no dia seguinte, que seria o primeiro dia de aula.
De acordo com o delegado Marcus Vinicius Silva Rios, os investigadores analisaram as imagens das câmeras de segurança ao longo do trajeto que a vítima faria até a casa da amiga. Nessas imagens, além da adolescente, foi possível ver o carro do suspeito passando por ela e, pouco depois, voltando pelo mesmo caminho. “As imagens mostram claramente que ele deu a volta para encontrá-la, mas não conseguimos capturar o momento em que ela entrou no veículo devido à falta de câmeras no local”, explicou o delegado.
A mãe da menina também revelou que, em um período passado, o suspeito havia mantido uma igreja, e a filha dele era muito próxima do homem. “Ele pode ter oferecido carona ou usado algum artifício para convencer a vítima a entrar no carro, sem necessariamente tê-la forçado”, completou o delegado.
As investigações indicam que, no dia do crime, o suspeito esteve com a vítima em uma área próxima a um lago, perto de uma rodovia. Quando ele percebeu que um casal estava observando, ele ficou nervoso e rapidamente colocou a menina no carro, saindo em marcha a ré para evitar se aproximar das testemunhas. No entanto, o comportamento suspeito do homem fez com que uma das testemunhas anotasse a placa do veículo e notificasse a polícia. “No entanto, como não havia elementos suficientes para uma perseguição, apenas registramos o incidente”, disse o delegado.
Após o desaparecimento ser amplamente divulgado, as testemunhas reconheceram a garota nas imagens do cartaz da família e entraram em contato com eles, que então procuraram a polícia. A polícia aguarda os laudos de necropsia, que poderão alterar o indiciamento, caso revelem novos detalhes sobre o caso. “Ainda aguardamos alguns laudos mais complexos, como a confirmação de abuso sexual, o que pode modificar o teor do indiciamento”, concluiu Rios.
Fonte: CNN Brasil