A proposta de alterar as regras sobre os prazos de validade dos alimentos para reduzir os preços nas prateleiras foi descartada. A confirmação veio do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, após uma reunião realizada no Palácio do Planalto. O encontro foi organizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e contou com a presença de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, e Guilherme Melo, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O principal objetivo da reunião foi buscar alternativas para reduzir o custo dos alimentos no Brasil.
Em entrevista após o encontro, Paulo Teixeira deixou claro que a mudança no prazo de validade não é uma opção: “Não. Isso não está em cogitação”, afirmou. A ideia de revisar as regras de validade já havia sido rejeitada anteriormente por Rui Costa, em uma entrevista à CNN.
A proposta para modernizar o sistema de validade dos alimentos foi sugerida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ela sugere a adoção do modelo “Best Before”, que indicaria a data preferencial de consumo no rótulo dos produtos, acompanhada da mensagem “consumir preferencialmente até”. Este sistema visaria informar ao consumidor o período em que o alimento ainda mantém suas qualidades nutricionais e de sabor, mas sem estabelecer uma data de validade rígida.
Durante a reunião, o preço dos alimentos foi um dos temas centrais. Luiz Inácio Lula da Silva, que também participou, pediu a colaboração dos ministérios para encontrar soluções para tornar os produtos mais acessíveis à população. O presidente destacou a importância de “reconstruir, unir e garantir comida barata na mesa do trabalhador”.
Em termos econômicos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, fechou 2024 com uma alta de 4,83%, sendo que o grupo Alimentação e Bebidas teve o maior impacto, com aumento de 7,69% nos últimos 12 meses.
Fonte: G1