Delegada revela indícios de envenenamentos em série pela suspeita de crime em Torres (RS)

A investigação sobre o trágico caso de envenenamento em Torres (RS) que resultou na morte de três familiares ganhou novos contornos nesta sexta-feira (10), durante uma coletiva de imprensa. A delegada Sabrina Deffente, responsável pela apuração, revelou que há fortes indícios de que Deise Moura dos Anjos, presa pelo crime, possa estar envolvida em outros envenenamentos, incluindo o de pessoas próximas.

De acordo com a delegada, não restam dúvidas de que Deise praticava homicídios em série, um comportamento que permaneceu oculto por muito tempo. “Ela conseguia apagar as provas e se manter à frente da investigação, dificultando o trabalho da polícia”, afirmou Sabrina. A suspeita, que se fazia de pessoa calma e tranquila, teria manipulado a situação para ocultar suas ações criminosas.

Sogro morto e relações familiares conturbadas

Além das mortes relacionadas ao bolo envenenado, a investigação agora foca também em um outro caso de morte suspeita: o do sogro de Deise, Paulo Luiz. Em setembro do ano passado, Paulo faleceu de maneira misteriosa, mas o corpo só foi exumado após os eventos de Natal. A perícia revelou a presença de arsênio, substância que também foi encontrada na farinha usada para preparar o bolo fatal que matou três pessoas. A suspeita é de que Deise tenha começado seus planos de assassinato com o sogro, tendo tentado incansavelmente garantir que o corpo fosse cremado para evitar que a investigação avançasse.

A delegada Sabrina detalhou a frieza com que Deise tentou esconder a morte de Paulo, criando histórias falsas e se mostrando preocupada com o estado de saúde de sua sogra, Zeli dos Anjos, dias após a morte do marido. “Ela dizia que queria ver a sogra, que estava com saudade, quando, na verdade, estava tramando algo muito mais grave”, contou a delegada.

Envenenamento em família: mais mortes e revelações

Em uma virada dramática na investigação, Deise foi acusada de envenenar não apenas os sogros, mas também outros membros da família. Após a morte de Paulo, a polícia descobriu que o bolo fatal, consumido por Zeli e outras três pessoas no Natal, foi preparado com a farinha envenenada com arsênio. As vítimas que morreram após consumir o bolo foram as irmãs de Zeli, Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza. Zeli e um neto de Neuza, de 10 anos, foram hospitalizados, mas sobreviveram.

As investigações apontaram que a relação conturbada entre Deise e seus sogros, marcada por desavenças familiares que remontam a mais de 20 anos, foi um dos motivos que a levou a cometer os crimes. Deise teria ficado furiosa com a escolha de Zeli em passar o Natal com as irmãs e não com ela, o que pode ter sido o estopim para os homicídios planejados.

Frieza e manipulação

Em depoimento à polícia, Deise negou as acusações de envenenamento, mas admitiu ter uma relação difícil com a sogra, a quem chegou a chamar de “naja”. Apesar disso, a delegada revelou que, desde sua prisão, Deise se mostrou “extremamente fria” e sempre manteve uma postura calma e controlada, o que impressionou os investigadores.

O delegado Marcos Veloso também comentou a tranquilidade de Deise, afirmando que sua atitude durante a prisão foi de completa indiferença, demonstrando uma frieza impressionante diante de tantas mortes causadas por suas ações.

A descoberta de um crime em série

O caso que parecia ser isolado tomou proporções alarmantes à medida que novas informações surgiram. As investigações agora sugerem que Deise pode ter cometido outros envenenamentos antes do bolo fatal, e que ela pode ter planejado as mortes com antecedência, utilizando o arsênio como uma forma de silenciar aqueles com quem tinha conflitos.

O crime, que abalou a cidade de Torres, está sendo tratado como um dos mais complexos da região, e a polícia continua em busca de mais evidências para confirmar se Deise realmente estava por trás de outros envenenamentos que ainda não foram descobertos.

O caso segue em investigação, com a possibilidade de novos desdobramentos, enquanto a população local e as autoridades aguardam respostas sobre os reais motivos e os outros possíveis crimes cometidos por Deise Moura dos Anjos.

Fonte: Jornal Correio.

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