Uma intensa bolha de calor deve se intensificar nos próximos dias, afetando o centro e norte da Argentina, o Uruguai, o Paraguai, o Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e o oeste paulista. A previsão é da empresa meteorológica MetSul, que alerta para temperaturas que podem chegar até 42ºC nestas áreas, com tardes extremamente quentes.
O calor se intensificará ao longo da semana, atingindo seu ápice possivelmente na quinta-feira, 16. Já nas últimas semanas, o oeste da região Sul e Mato Grosso do Sul enfrentam temperaturas elevadas, mas a tendência agora é que a massa de ar quente se expanda ainda mais.
De acordo com a MetSul, a bolha de calor cobrirá uma vasta área das latitudes médias da América do Sul, com máximas entre 35ºC e 40ºC. Junto ao calor, a previsão é de tempestades isoladas, com possibilidade de granizo e vendavais, especialmente na segunda metade da semana.
A MetSul compara a situação com a que ocorreu na virada do ano, quando o calor intenso formou células isoladas de tempestades, que causaram temporais fortes e danos em algumas áreas. No entanto, a empresa destaca que não se trata de um fenômeno de tempo severo generalizado.
“Com o aumento da temperatura e a diminuição da pressão atmosférica, a formação de nuvens carregadas se torna mais provável, o que eleva a chance de temporais localizados mais intensos”, explica a MetSul.
O fenômeno da bolha de calor é causado por áreas de alta pressão, que funcionam como uma espécie de “tampa” de calor, aprisionando o ar quente e forçando-o a descer até o solo. Isso impede a dissipação do calor, criando uma atmosfera semelhante à de uma panela fechada. Conforme o ar quente se acumula, ele interfere nos sistemas meteorológicos, como frentes frias, desviando-os para fora da região afetada. Além disso, a combinação do sol forte de verão com céus claros ou parcialmente nublados contribui para o aumento da temperatura do solo.