Ventos intensos e um clima extremamente seco estão dificultando o combate aos incêndios florestais em Los Angeles, onde o Corpo de Bombeiros enfrenta novos focos de chamas nesta quinta-feira (23). O incêndio Hughes, atualmente o maior em atividade, já devastou mais de 4.100 hectares, localizando-se a cerca de 80 km ao norte de Los Angeles, conforme informações do Cal Fire, o Departamento Florestal e de Proteção de Incêndios da Califórnia.
Outro foco importante é o incêndio Sepulveda, que ameaça áreas próximas ao bairro Bel-Air e ao Museu Getty, no Vale de San Fernando. Devido ao avanço das chamas, 31 mil moradores tiveram que ser evacuados nas últimas 24 horas, com 4 mil bombeiros trabalhando arduamente para controlar os incêndios.
O serviço meteorológico alertou que os ventos podem atingir 80 km/h, com rajadas de até 105 km/h nesta quinta-feira, enquanto a umidade relativa do ar permanece abaixo de 10%, o que agrava as condições para o fogo. A previsão de chuva para sábado (25) traz uma possível esperança de alívio para as equipes de resgate, já que Los Angeles não registra chuvas significativas desde junho.
Em paralelo aos esforços de combate aos incêndios, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma ameaça de retenção de ajuda federal à Califórnia, caso o governo estadual não altere sua abordagem na gestão de água. Durante entrevista à Fox News, Trump criticou o governo de Gavin Newsom, governador da Califórnia, acusando-o de impedir a descida de água para as áreas afetadas, embora suas alegações sobre a conservação de peixes no norte do estado tenham sido desmentidas por fontes confiáveis.
Trump também politizou a crise, culpando Newsom pela dificuldade de controle dos incêndios e questionando a eficácia da FEMA (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências). “Eu preferiria ver os estados cuidarem de seus próprios problemas”, declarou Trump, acrescentando que propostas de reforma para a agência seriam discutidas em breve.
Os incêndios florestais em Los Angeles continuam a representar uma grande ameaça, com vários focos ainda em chamas e muitos residentes sendo forçados a deixar suas casas em meio à pior crise de incêndios florestais da temporada.
Fonte: G1
